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Ineficiências e subsídios na conta de luz somam R$ 103,6 bilhões em 2025, aponta estudo

  • Foto do escritor: BPIF
    BPIF
  • 29 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de out.

Um estudo da Abrace Energia, associação que reúne mais de 50 grupos empresariais responsáveis por cerca de 40% do consumo industrial de energia elétrica no Brasil, revelou que ineficiências e subsídios no setor elétrico custarão R$ 103,6 bilhões em 2025. Esse valor representa 26% do total pago pelos consumidores na conta de luz.


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📊 Impactos das ineficiências

Segundo a pesquisa, somente os tributos associados às ineficiências chegam a R$ 21,4 bilhões. Além disso, custos decorrentes de perdas não técnicas, encargos setoriais e iluminação pública também pesam sobre o valor final da energia.


Para a Abrace, a manutenção desses gastos, que não necessariamente trazem benefícios diretos à sociedade, compromete a competitividade da indústria e da economia brasileira como um todo.

“Os encargos e os impostos são um problema, mas a gente não pode desviar o olhar de um problema interno ao setor, que são as ineficiências”, afirmou Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.

🔎 Revisão de subsídios

Um dos pontos destacados pela entidade é a necessidade de rever os subsídios da geração distribuída (GD). Apenas em 2025, o custo dessa modalidade deve alcançar R$ 6,85 bilhões, especialmente em razão dos beneficiários da chamada GD I, que mantêm desconto integral nos encargos até 2045, conforme previsto na Lei nº 14.300/2022 (Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída).


A Abrace também chama a atenção para efeitos colaterais desse modelo, como o curtailment, situação em que há sobra de energia solar no horário de maior incidência de sol, forçando cortes na geração de outras fontes, como eólicas e hidrelétricas sem reservatórios.


⚖️ Tarifa Social e impacto na economia

Para a associação, é necessário equilibrar políticas de apoio ao consumidor de baixa renda com os custos que recaem sobre toda a sociedade.

“É claro que o consumidor carente tem que ser apoiado, mas não adianta dar R$ 60 numa conta de luz de graça para uma família e aumentar os preços do leite, do pão, do cimento, do aço. Tudo isso volta para o custo de vida das pessoas”, ressaltou Pedrosa.

Nesse sentido, a MP 1300/2025, em tramitação no Congresso, prevê a ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica. Desde maio, famílias de baixa renda passaram a ter desconto integral para consumo de até 80 kWh por mês, com impacto estimado em R$ 3,6 bilhões anuais.


📌 Conclusão

O debate sobre ineficiências e subsídios no setor elétrico mostra a importância de políticas que conciliem apoio social com sustentabilidade econômica e competitividade industrial. O desafio do país é construir um modelo energético equilibrado, em que os custos não comprometam nem os consumidores mais vulneráveis nem o setor produtivo.

🔎 Essa matéria foi retirada do site JOTA e adaptada pela nossa equipe cível do BPIF Advogados.


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